Saúde

27 set
2016

MORADORES DA VILA CASTELO FAZEM PROTESTO E PEDEM PROVIDÊNCIAS QUANTO AO POSTO DE SAÚDE QUE ATÉ HOJE NÃO SAIU DO PAPEL

Na manhã desta segunda-feira, 26 de Setembro, moradores da Vila Castelo, na Restinga, fizeram uma manifestação em uma sinaleira na Av. João Antônio da Silveira. O protesto tinha como objetivo chamar a atenção das autoridades e de todos que passavam por ali sobre o problema que a comunidade vem enfrentando em relação ao atendimento de saúde.
Desde 2008, a construção do Posto de Saúde da Castelo está gravada no Orçamento Participativo, porém, até agora, a obra não saiu do papel. O atendimento médico dos moradores hoje é feito nas dependências do prédio da Casa da Sopa, que cedeu um espaço para a estrutura da Secretaria da Saúde neste local.
Havia no entanto, uma informação de que este espaço estaria saindo dali, trazendo grande preocupação para os moradores, que não tinham certeza do futuro de onde passariam a receber o atendimento médico.
Entramos em contato com a coordenação da Casa da Sopa, que nos informou não ter pedido à Secretaria da Saúde o espaço no prédio de volta.

Em nota, a Secretaria de Saúde informou:
“A secretaria municipal de Saúde reafirma seu compromisso com a atenção em saúde dos moradores da Restinga. As informações de fechamento da Unidade de Saúde Castelo não passam de boatos. O que está sendo proposto é a devolução de duas salas administrativas localizadas no prédio anexo – local utilizado, por vezes, para reuniões de agentes de saúde. Não existe possibilidade nenhuma de fechamento. Inclusive o local foi climatizado para tentar trazer mais conforto aos pacientes. Lamentamos que este tipo de informação inverídica seja transmitida aos moradores da região causando nervosismo e insegurança para uma área tão necessitada, como a da saúde. Em tempo, informamos ainda que o projeto de engenharia e o terreno estão pronto para a construção do novo prédio.”

Sobre a construção do posto, a Secretaria da Saúde informa que apesar de estar gravado no Caderno de Investimentos do OP, é preciso que a comunidade demande a saúde como prioridade nas demandas elencadas na plenária geral, que é feita todo ano nas regiões que compreendem o Orçamento Participativo.
Conforme moradores e delegados do OP, em anos anteriores a Saúde ficou entre as prioridades, mas mesmo assim os recursos não vieram. O terreno do posto, fica ao lado do batalhão do Corpo de Bombeiros da Restinga e está hoje completamente abandonado. Em reunião realizada este ano no FROP (Fórum Regional do Orçamento Participativo), que contou com a presença do secretário municipal da saúde, Fernando Ritter, o mesmo informou que não há dinheiro no caixa da secretaria nem para construção nem para ampliar e manter as esquipes de saúde da família para o posto da Castelo. Ritter informou na época a dificuldade financeira devido a falta de repasses dos Governos Federal, Estadual e à situação financeira também do município.
Enquanto isso, quem sofre é a ponta mais fraca. É o morador da Castelo, da 5ª unidade, da Restinga Velha, do Barro Vermelho, da Chácara do Banco, da própria Restinga Nova e tantas outras localidades não só da Restinga, mas também do Lami, Ponta Grossa e demais bairros do extremo-sul da capital, que sonham em ver na realidade a saúde excepcional que é apresentada nas campanhas eleitorais e nos programas de TV de alguns candidatos à Prefeitura.

Texto e Fotos: Márcio Figueira

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